segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Casar em Portugal



Agosto é o mês dos casamentos por excelência. As possibilidades são tantas que é dificil escolher. Tudo depende da bolsa...

Casar no Mosteiro dos Jerónimos, no Santuário de Fátima ou no Cristo-Rei não é impossível. Só não é para todas as bolsas. Além disso, os noivos têm de se sujeitar às intermináveis listas de espera e às exigências de cada lugar. Fátima até nem é dos sítios mais caros. Casar na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em pleno santuário, custa 83 euros em taxas, mas só há casamentos aos sábados e ao meio-dia em ponto. E há outras exigências. No que toca à escolha das músicas, por exemplo, os noivos não estão autorizados a opinar: a selecção é feita pelo santuário, que obriga ainda a que esteja presente um organista e um solista. De resto, também não é permitido lançar arroz, flores ou confetti sobre os noivos, para não sujar o espaço.

O Mosteiro dos Jerónimos é mais caro: os preços podem variar entre os 140 e os 170 euros, consoante os noivos sejam, ou não, da diocese de Lisboa. Os casamentos só podem ser marcados para os sábados de manhã, não são permitidos balões e os noivos até podem escolher as músicas desde que, segundo a agência Lusa, não sejam músicas "de filmes ou de namoro". Ou seja, só é aceite música sacra.

Ainda este ano devem realizar-se 40 casamentos no Cristo-Rei. Aqui são permitidos todos os tipos de música, "desde que não seja muito violenta". A cerimónia custa 100 euros e não é permitido pôr flores no altar.

Também é possível casar no Castelo de São Jorge - o preço varia em função do número de convidados - e no Palácio da Pena, em Sintra. Aqui, o casamento custa 1500 euros, fora o IVA, e só pode acontecer ao final da tarde e para menos de 100 pessoas.

A Norte, o santuário do Bom Jesus, em Braga, é dos lugares religiosos mais procurados. Só no ano passado, serviu de palco a 84 casamentos. Paga-se 50 euros e o cónego responsável diz que não se lembra de nenhuma noiva ter subido, a pé, a enorme escadaria do santuário.

Aparentemente, a crise também já chegou aos lugares mais idílicos para casar: no Mosteiro da Batalha, o padre responsável admite que actualmente já só celebra "metade" dos casamentos "de há seis ou sete anos". Mesmo assim, ainda faz "cerca de 50 por ano".


2 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Que eu saiba
onde eu casei
só casei eu
eu e ela
ou eu com ela
Faz hoje 45 anos
Nem me lembro
do orçamento
do meu casamento
Não que fosse
de minha responsabilidade
o pagamento...

Há já me esquecia
foi um casamento tão ordinário
que jurei nunca mais repetir...

Mas porque é que se está a rir.

Rogério G.V. Pereira disse...

Desculpe
mas lá atrás
Tire o Há
Ponha o Áh,
O resto
bate certo...