domingo, 31 de outubro de 2010

Noite de Bruxas


Nesta noite, em que muitos festejam um evento cultural anglo-saxônico, importado pela cultura da televisão, apetece-me algo nosso e aconchegante, para aquecer a alma e aduçar a boca…

Pudim de Abóbora com Especiarias

Ingredientes:
2 copo(s) de leite desnatado
2 unidade(s) de ovo
1 1/2 copo(s) de abóbora porqueira cozida(s) e picada(s)
1 colher(es) (café) de noz-moscada
1 colher(es) (chá) de raspas de laranja
quanto baste de canela-da-china em pó
1 xícara(s) (chá) de adoçante em pó

Preparação:
Coloque os ingredientes, menos a canela, no liqüidificador e bata bem. Despeje em uma fôrma para pudim untada. Leve ao forno moderado, pré-aquecido, por cerca de 1 hora, até assar. Sirva-o quente ou frio, polvilhado com canela.

O Melhor Azeite Biológico do Mundo



O azeite biológico alentejano Risca Grande virgem extra, produzido na zona de Serpa, foi considerado o melhor do mundo numa prova cega entre mais de 70 concorrentes. O primeiro prémio foi obtido no concurso mundial de azeites biológicos da Biofach , realizada em Nuremberga, na Alemanha. Naquela feira, que é considerada a mais importante a nível mundial para o sector da produção biológica, a marca portuguesa arrecadou ainda o nono lugar com o Risca Grande Vintage.

A Herdade da Risca Grande tem 90 hectares, dos quais 78 são ocupados com olival. As oliveiras têm entre 2 e 500 anos. Toda a herdade é cultivada de acordo com as normas da agricultura biológica.

A Risca Grande é uma história extraordinária, de uns suíços que vieram viver para o Alentejo. Chegaram e perguntaram o que se produzia aqui. Azeite. E como se faz azeite? Foram estudar como se fazia. Anos depois, o azeite deles ganhou o prémio da BioFach para melhor azeite biológico do Mundo…

sábado, 30 de outubro de 2010

Salus Vidago - Nostalgia XXVIII



As garrafas de água mineral, Salus e Campilho são extraídos em Vidago. A vila, foi em tempos um dos balneários termais, mais visitados em Portugal. A água é, aparentemente eficaz no tratamento de problemas digestivos, pois contém bicarbonato de sódio e, de acordo com folhetos publicitários, elementos radioactivos. O “spa” está hoje encerrado.

A vila termal, teve um período de esplendor 1875-1877 quando o Rei Luis I, fez visitas consecutivas. A fama dos poderes curativos das águas espalhou-se tão longe que, em 1876-1889, foram premiados, em Madrid, Paris, Viena e Rio de Janeiro.
Um impedimento para o desenvolvimento da Vila, foi a dificuldade de transporte. Os “hospedes” vinham em transportes do Porto, que utilizam estradas que eram muitas vezes, pouco mais que um caminho. Finalmente, em 1907 o caminho-de-ferro, da Régua a Vila Real foi prolongado até Pedras Salgadas, vinte quilómetros ao sul de Vidago. Três anos depois, o primeiro comboio chegou à estação de Vidago. Depois disso, as Termas assumiram uma popularidade renovada. Quando o Hotel Palace foi construído, era o mais luxuoso da Península Ibérica. Havia bailes, quadras de ténis, e campos de Golf e, na ilha do lago havia uma espaçosa pista de patinagem.

Noutros tempos, porém, o consumo de águas minerais, de modo especial as gaseificadas, eram consumidas quase como um complemento medicinal, principalmente contra más-disposições e enfartamentos, daí a designação de águas medicinais.
Por conseguinte, beber dessa água e logo de seguida arrotar, era um bom pronúncio de boa disposição. Não admira que estas águas estivessem por caso mais como um remédio do que propriamente uma bebida.

Sobre Vidago

domingo, 24 de outubro de 2010

Tunel do Rossio







Uma das mais emblemáticas obras do Século XIX, o Túnel do Rossio permitiu a ligação ferroviária entre a Estação do Rossio e a vila de Sintra através da “Linha de Sintra”.

A sua construção teve lugar no período 1887-1890. Esta obra do túnel e estação do Rossio, é considerada a maior obra de engenharia portuguesa do século XIX, e que custou no seu conjunto a quantia de 730 mil Reis, teve o seu início a 21 de Maio de 1887 quando um operário começou a escavar do lado de Campolide, e outro na zona do Rossio. Encontraram-se na noite de 23 para 24 de Maio de 1888.

O túnel tem via dupla com 2613 m de comprimento e com um perfil abobadado de 8 m de largura por 6 m de altura até ao fecho da abóbada. O túnel tem um declive de aproximadamente 1%, descendo 24,26m desde a boca do túnel em Campolide.

Em 8 de Abril de 1889 um comboio atravessa pela primeira vez o Túnel do Rossio. Esta viagem demorou cerca de 27 minutos. As locomotivas a vapor, alimentadas a hulha, circulavam a seis quilómetros/hora.
Inaugurado oficialmente pela Companhia Real dos Caminhos-de-ferro Portugueses a 11 de Junho de 1890.

O túnel esteve encerrado ao tráfego entre 22 de Outubro de 2004 e 15 de Fevereiro de 2008, para obras de reabilitação.

sábado, 23 de outubro de 2010

Licença para uso de Isqueiro - Nostalgia XXXVII



Em Portugal, durante o regime Salazarista, as pessoas precisavam de uma licença para o uso de isqueiros. Essa licença, um pequeno papel oficial emitido pelo governo, custava 10 escudos e deveria ser transportado pelo dono do isqueiro. Em caso de falta da licença, o portador do isqueiro era multado em 250 escudos. Se este fosse funcionário do governo ou militar, a multa poderia ser elevada para 500 Escudos.
O dinheiro recolhido das multas, tal como da venda de licenças, era repassado à Fosforeira Nacional. Sendo que, no caso das multas, 30% era destinado ao autuante. Essa percentagem poderia ser divida com o delator, caso esse existisse.
Essas directrizes foram instituídas pelo Decreto-lei 28219 de novembro de 1937 e foram abolidas em Maio de 1970...

Post inspirado, por: AILIFEBLOG

domingo, 17 de outubro de 2010

Não Comento II



em: O Inimigo Público


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Um Gourmet Português


O restaurante «Aldea», do chefe luso-americano George Mendes, em Nova Iorque, foi distinguido com uma estrela pela nova edição do guia de restaurantes «Michelin Nova Iorque 2011». Esta é a primeira distinção do género para a cozinha de inspiração portuguesa naquela cidade norte-americana. Parabéns a quem honra as suas raízes e as leva a um novo patamar, embora não se escuse ao equívoco de chamar paelha ao nosso arroz de pato e de ter uma fraca lista de vinhos portugueses…

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quando a boca foge para a verdade...



Antes de falar sobre a Estratégia Nacional para a Energia até 2020, José Sócrates foi apresentado pelo speaker, a uma audiência de 200 pessoas no Pavilhão de Portugal, com um apelido que não era o dele.

O speaker de serviço apresentou-o como José Trocas-te, o nome do conhecido boneco do programa humorístico Contra-Informação, da RTP. Gafe ou troca propositada do speaker incógnito?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Escola


Nesta altura de renovação do sistema de ensino português, deixo aqui uma pérola do mesmo. A composição de um aluno da 4º ano da escola primária. Devido à dificuldade da sua leitura, aqui fica o texto:

Composição

O leite é muito bom. Eu gosto muito de leite.
As vacas dão leite, as cabras também. O meu pai diz que há cabras de duas pernas no Parque Eduardo VII, mas não dão leite, dão outra coisa que ele disse, mas eu não percebi.
As ovelhas também dão leite e mais outros animais que têm mamas. O senhor prior cá da aldeia também dá leite aos pobres, mas é em pó

domingo, 10 de outubro de 2010

Uma Casa Portuguesa V


O espigueiro, também chamado canastro, caniço ou hôrreo, é uma estrutura normalmente de pedra e madeira, existindo no entanto alguns inteiramente de pedra, com a função de secar o milho grosso através das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do mesmo por roedores através da elevação deste. Como o milho requer que seja colhido no Outono, este precisa de estar o mais arejado possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno.

Localização: Fafe

Tipo: Arrumação

sábado, 9 de outubro de 2010

Não Comento



em: O Inimigo Público


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Farinha 33


A Farinha 33 pode ser consumida como bebida (basta diluir em água, leite ou café) ou papa (depois de dissolver em água ou leite frio, leva-se ao lume a engrossar, mexendo sempre). Ao pequeno-almoço ou a qualquer outra hora dia em que a fraqueza aperte. Tornou-se de tal forma parte do imaginário colectivo que, quando os automobilistas se queriam insultar mutuamente, perguntavam se a carta lhes tinha saído numa embalagem de Farinha 33.

Um caso raro de popularidade ainda hoje. E tudo o que Portugal precisa, para levantar um Governo esmurcido e mole, que nem com viagra lá vai...


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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Agrilhoados ao absurdo…



Portugal é um país de futuro. É um país, que deixa idosos morrer de fome, enquanto a ASAE manda destruir sopa caseira e galinhas criadas no pátio, porque não são certificados. É um país de putas desdentadas e abandonadas na sarjeta, onde os juízes passeiam com putas de luxo. É um país onde licenciados estão desempregados, mas analfabetos tiram o 12º ano em três meses. É um país, em que a imagem é que conta, mesmo estando a dever a prestação da casa, a conta do padeiro e três meses ao talho. É um país das tascas de refeições económicas para operários do salário mínimo, a 6 euros com direito a azeitonas, sopa, prato, vinho e bagaço, enquanto outros gastam 300 € numa garrafa de vinho para comemorar a compra de mais um Ferrari…

Portugal é um país de agrilhoados nas galés do absurdo…

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Snack Bar Galeto - Nostalgia XXXVI



O Galeto é uma refeição típica das colônias italianas do sul do Brasil, especialmente daquelas situadas no Rio Grande do Sul.
O nome real da iguaria é pequenos frangos, abatidos ao mês de terem nascido.
Em geral são assados na brasa. Este prato deu origem ao nome do restaurante.

O Galeto abriu as portas em Lisboa no início dos anos 70. Na altura, alguns cronistas apelidaram-no de "templo da modernidade" e até da "perdição da juventude da época", juntamente com a Pastelaria Mexicana, na Praça de Londres, e o Apolo 70. Chegou a ter publicidade na televisão. Foi fechado pela ASAE uns dias em Dezembro de 2006, mas voltou a abrir portas e a servir a clientela sedenta das suas iguarias…

Água de Colónia Lavanda



Neste dia em que se recorda o centenário da República, lembro-me de coisas que me fazem voltar no tempo. Uma delas é a água de colónia que a minha avó usava.

Fabricada pela Ach. Brito, a Água de Colónia Lavanda perfuma os portugueses, há várias gerações . Com um aroma fresco a alfazema, este clássico da perfumaria portuguesa foi a primeira colónia de muitos, com a singularidade de cativar ambos os sexos. Vendido a preços altisssimos em lojas da especialidade na Europa e nos Estados Unidos, temos a sorte de o poder comprar a preço baixo nas velhas drogarias de bairro ou nos modernos hipermercados.

Há até quem lhe tenha descoberto usos peculiares: experimente deitar algumas gotas no reservatório de água do seu ferro a vapor para obter roupa de casa deliciosamente perfumada.

domingo, 3 de outubro de 2010

Do tempo da Monarquia...

São estabelecimentos que abriram as suas portas, ainda a Monarquia reinava em Portugal. A República apareceu há 100 anos. Logo são estabelecimentos, que no mínimo têm 100 anos. Fazem parte da nossa história e ainda hoje têm as suas portas abertas... 

 Ginjinha Quando Francisco Espinheira abriu a sua casa em 1840, nunca lhe terá passado pela cabeça que a Ginjinha do Rossio seria um dos estabelecimentos mais populares de Lisboa, um século depois. Tão popular, que após um encerramento forçado de dois meses, voltou a ser ponto de paragem obrigatória de clientes habituais e de outros que nunca provaram o licor do copinho de vidro. Café Nicola O Café Nicola existe desde finais do século XVIII. É referenciado na Gazeta de Lisboa em 1787. Café-Restaurante que dispensa apresentações, cheio de história, tradição e cultura, ou não tivesse sido frequentado, durante muito tempo, pela elite intelectual de Lisboa (o poeta Bocage era um dos "habitués" e a sua estátua lá está a comprová-lo). A Brasileira A Brasileira do Chiado é um café emblemático, fundado em 19 de Novembro de 1905, situado na Rua Garrett, junto ao Largo do Chiado, em Lisboa. Este estabelecimento, vendia o "genuíno café do Brasil", produto muito pouco apreciado ou até evitado pelas donas de casa lisboetas naquela época. A Brasileira, mantém uma identidade muito própria, quer pela especificidade da sua decoração, quer pela simbologia que representa por se encontrar ligada a um círculo de artistas de renome como Fernando Pessoa, Almada Negreiros ou Jorge Barradas, José Pacheco e Santa Rita Pintor, entre muitos outros de posteriores gerações. Martinho da Arcada Inaugurado em 1782 e situado sob as arcadas da Praça do Comércio, é um dos cafés mais emblemáticos de Lisboa. Um dos seus mais distintos clientes foi o poeta Fernando Pessoa, que aqui gostava de fazer as suas refeições ou passar longas horas escrevendo. Tavares Este restaurante de luxo da capital alfacinha, que conta já com 220 anos de história, sofreu obras profundas de recuperação e remodelação nos últimos meses. É caso para dizer que um novo ano exige vida nova - ao secular restaurante foi agora restituído o brilho e o encanto de tempos passados.

sábado, 2 de outubro de 2010

República... das bananas ou não.



Monarquia
O Povo sustenta uma família de doentes (têm a doença do sangue, que é azul).

República
O Povo sustenta uma cambada de proxenetas e prostitutas, todos eles eleitos.

Qual o melhor!?
A República. Parece, que sai mais barato e a miuda, sempre mostra o peito...

Telemóveis - Nostalgia XXXV

Estamos numa época em que muitos consumidores utilizam o seu smartphone como se fossem PCs em miniatura, os telemóveis são verdadeiras bandeiras de comunicação e tecnologia de vanguarda. Mas as coisas não foram sempre assim…

No tempo em que a Vodafone, se chamava Telecel e a Optimus ainda não tinha nascido. Os telemóveis eram reduzidos ao tamanho de um pacote de um litro de leite e o livro de tromba, perdão, quero dizer, e o Facebook não existia, as coisas em Portugal nos telemóveis eram assim:

TELECEL 1995


TMN 1992

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ainda há Lisboetas!?


Alguém, um dia disse:
- Vocês, os lisboetas, são uns infelizes, não têm terra, nem nada. Todos os portugueses têm uma terra para ter saudades, para visitar nas férias, para mandar vir coisas da terra, só os lisboetas é que não…
Já se ouviu alguém dizer: “A minha terra é Lisboa? … Nunca, por nunca ser!… Ou, Vou a Lisboa, vou à terra? … Nunca… Viseu é terra, Faro é terra, Porto é terra, Lisboa não é nada… Eu nem sei mesmo se há verdadeiramente lisboetas, procure em Lisboa e só encontra beirões, minhotos, algarvios e alentejanos… Quer-me parecer que lisboetas-lisboetas se houver alguns, poucos, será para Alfama, ou Madragoa, se for á Mouraria apenas encontra indianos, senegaleses e cabo verdianos… Fica-se com a sensação, que não há lisboetas em Lisboa”

Inspirado numa crónica, do jornalista Carlos Pinhão (anos 70).